sexta-feira, 5 de abril de 2013

UM ANO DEPOIS



No passado dia 23 de Março, "Um Cappuccino Vermelho" assinalou-se um ano desde que foi apresentado pela primeira vez na Biblioteca Municipal Bento de Jesus Caraça, na Moita. Penafiel foi o local não-planeado para assinalar esta efeméride. Num daqueles acasos bestiais que de vez em quando acontecem (a data inicial para a apresentação em Penafiel era em meados de Fevereiro), o município de Penafiel, através da responsável da Biblioteca Municipal, Dra. Adelaide Galhardo, teve o cuidado de alterar a data da minha apresentação de modo a não coincidir com outros eventos já programados e que iriam desviar bastante público. Foi uma coincidência a segunda data proposta ser a data do primeiro aniversário porque, em boa verdade, eu próprio não me lembrava. Parece vergonhoso, mas é verdade. Só me lembrei quando ia no comboio de Lisboa para o Porto. Ainda assim, mesmo não tendo sido um aniversário planeado, houve bolos e bebidas. Só não se cantaram os "Parabéns a Você".

Um ano depois de apresentar "Um Cappuccino Vermelho" pela primeira vez, o balanço que faço é positivo, embora não isento de precalços. As críticas que recebi ao longo destes primeiros doze meses foram boas - e por "boas" não me refiro só às positivas - e incentivam-me a terminar a saga que este primeiro livro iniciou. Experimentei muita coisa a nível de divulgação; nem todas resultaram de forma evidente, mas também não se pode dizer que alguma tenha falhado. Certo, certo, é que todas deram um gozo tremendo de fazer. E também uma trabalheira dos diabos.
Não fui o primeiro, nem serei o último autor a criar contas de Facebook para os seus personagens, blogs pessoais para cada um deles, blogs para as editoras que os representam, etc. e tal. Também não será a primeira vez que aquilo que começou por ser uma (espécie de) brincadeira, canalizada para um projecto particular, ultrapassa as barreiras desse mesmo projecto e passa a exigir uma identidade própria. Eu não queria que as coisas chegassem a esse ponto, mas os meus dois protagonistas, Ricardo Neves e João Dias Martins, sempre tiveram uma força de vontade muito grande.

Foi um ano com algumas viagens por este Portugal fora. Não tenho razão de queixa sobre quem me acolheu, nem sobre os locais onde decorreram as apresentações, nem sobre o público que por lá compareceu. Algumas apresentações correram melhores que outras, como é óbvio, e isso nem sempre se deveu a ter muito público. A apresentação na Casa da Juventude das Mercês, por exemplo, foi das mais longas (mais de duas) e só lá estavam quatro ou cinco pessoas. Isto só para dar a entender que, às vezes, não interessa chegar a mil se as mil não dão retorno.

Houve muita coisa que fiz fazer e não fiz. Algumas por falta de condições, outras por falta de iniciativa. A proscrastinação de vez em quando alia-se à preguiça e nem sempre é fácil evitá-las quando os resultados não são imediatos. Um claro exemplo disso é a quase total ausência de exemplares físicos para venda em livrarias e outros estabelecimentos comerciais. É certo que já não me restam muitos exemplares desses para venda, mas podia ter insistido mais nesse campo. Não o fiz e a culpa é apenas minha. (Felizmente, a versão electrónica tem saído que nem pão quente. Infelizmente, é de graça, por isso carcanhol tá quieto.)

Enfim, foi um primeiro ano porreiro. Ainda em 2013 conto dar a conhecer a sequela, "A Imagem". Está neste momento nas mãos de pessoas capazes que tudo farão para que as palavras que saíram da minha mente façam sentido. I wish them all the luck in the world.

Para a despedida, eis alguns sites a visitar:

Fractalis Editora (blog da editora de Ricardo Neves)

Edições Espiráleo (blog da editora de João Dias Martins)

A Imagem (blog oficial do sucessor de "Um Cappuccino Vermelho"

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